segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mediação Pedagógica e Uso da Tecnologia - Marcos T. Masetto

O texto faz uma análise do uso da tecnologia como mediação pedagógica discutindo o emprego das tecnologias no processo de aprendizagem dos alunos. O autor faz uma crítica aos professores e as escolas por excluir o uso da tecnologia durante muito tempo dos planos de aula. Mas com um novo aluno que está em constante interação com novas tenologias é impossivel a escola não acompanhar. As técnicas são escolhidas de acordo com o que se pretende que os alunos aprendam, a tecnologia deve portanto ser variada e adequada ao novo papel do aluno que é o sujeito da aprendizagem e do professor que é o mediador, incentivador e orientador nos ambientes de aprendizagem. Um professor que busca o diálogo com os alunos, troca experiencias, debate dúvidas, questiona e apresenta problemas e orienta o aluno nas dificuldades. Colocando dessa forma o aluno como centro da aprendizagem.
Novas tecnologias como: computador, internet( teleconferencia, chat, listas de discussão, correio eletronico,sites de busca de informações, jornais, artigos,etc), hipermídia, multimídia colaboram para deixar o processo de aprendizagem mais eficiente e interessante. Cooperando tanto para o desenvolvimento da educação tanto presencial como a ditancia.

Podemos vencer a exclusão digital

A pioneira no uso da informática educacional no Brasil cobra políticas públicas para o setor e defende a ajuda mútua entre professores e alunos

Foto: Tamires Kopp
Foto: Tamires Kopp

A sala de informática do Laboratório de Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) abriga, entre vários computadores de última geração, alguns equipamentos sucateados. Embora não sejam tão antigos, esses micros parecem pré-históricos perto dos demais. A comparação entre as máquinas ajuda a perceber a rapidez vertiginosa com que a tecnologia se renova.

Nesse ambiente hi-tech, instalado no Instituto de Psicologia da UFRGS, a professora Léa da Cruz Fagundes recebeu a reportagem de ESCOLA para esta entrevista sobre inclusão digital. Precursora do uso da informática em sala de aula no Brasil, a presidenta da Fundação Pensamento Digital, de Porto Alegre, tem alcançado resultados animadores com as experiências que desenvolve em comunidades carentes do estado. Elas mostram que crianças pobres, alunas de escolas públicas em que não se depositam muitas expectativas, têm o mesmo desempenho que as mais favorecidas quando integradas no ciberespaço.

Segundo a especialista, o caminho mais curto e eficaz para introduzir nossas escolas no mundo conectado passa pela curiosidade, pelo intercâmbio de idéias e pela cooperação mútua entre todos os agentes envolvidos no processo. Sem receitas preestabelecidas e os ranços da velha estrutura hierárquica que rege as relações entre professores e estudantes.

Léa defende a disseminação de softwares livres, sem custo e de fácil acesso pela internet. Consultora de programas federais que visam ampliar a inclusão digital nas escolas brasileiras, a professora pede mais seriedade à classe política: "Os projetos são iniciados e interrompidos periodicamente, pois as sucessivas administrações não se preocupam em dar suporte e continuidade a eles".

O que a senhora diria a um professor que nunca usou um computador e precisa incorporar essa ferramenta em sua rotina de trabalho?
Que não tenha medo de errar nem vergonha de dizer "não sei" quando estiver em frente a um micro. O computador não é um simples recurso pedagógico, mas um equipamento que pode se travestir em muitos outros e ajudar a construir mundos simbólicos. O professor só vai descobrir isso quando se deixar conduzir pela curiosidade, pelo prazer de inventar e de explorar as novidades, como fazem as crianças.

Como deve ser uma capacitação que ajude o professor a se adaptar a essas novas exigências?
É fundamental que a capacitação ofereça ao professor experiências de aprendizagem com as mesmas características das que ele terá de proporcionar aos alunos, futuros cidadãos da sociedade conectada. Isso pede que os responsáveis pela formação se apropriem de recursos tecnológicos e reformulem espaços, tempos e organizações curriculares. Nunca devem ser organizados cursos de introdução à microinformática, com apostilas e tutoriais. Esse modelo reforça concepções que precisam ser mudadas, como a de um curso com dados formalizados para consultar e memorizar. Em uma experiência desse tipo, o professor se vê como o profissional que transmite aos estudantes o que sabe. Se ele não entende de computação, como vai ensinar? Aprender é libertar-se das rotinas e cultivar o poder de pensar!

Que competências os educadores devem adquirir para utilizar com sucesso os recursos da informática?
Os professores em formação necessitam desenvolver competências de formular questões, equacionar problemas, lidar com a incerteza, testar hipóteses, planejar, desenvolver e documentar seus projetos de pesquisa. A prática e a reflexão sobre a própria prática são fundamentais para que os educadores possam dispor de amplas e variadas perspectivas pedagógicas em relação aos diferentes usos da informática na escola.

Onde o professor pode buscar informações sobre inclusão digital?
Ele pode visitar sites e participar de grupos de discussão. Consultar revistas especializadas e cadernos especiais dos jornais também ajuda muito. Outro caminho é buscar conhecimentos mais específicos com estudantes de escolas técnicas ou de cursos de graduação em informática e ouvir os próprios alunos.

É comum encontrar estudantes que têm mais familiaridade com a informática do que o professor. Como tirar proveito disso?
Transformando o jovem em um parceiro do adulto. Quando isso acontece, a relação educativa deixa de ser hierárquica e autoritária e passa a ser de reciprocidade e ajuda mútua. O educador não deve temer que o estudante o desrespeite. Ao contrário, o adolescente vai se sentir prestigiado por partilhar sua experiência e reconhecer a honestidade do professor que solicita sua ajuda. Esse fato é determinante para a criação de um mundo conectado.

A senhora coordena programas ligados à inclusão digital em escolas públicas. Que lições tirou dessa experiência?
Na década de 1980, descobri que o computador é um recurso "para pensar com", e que os alunos aprendem mais quando ensinam à máquina. Em escolas municipais de Novo Hamburgo, crianças programaram processadores de texto quando ainda não existiam os aplicativos do Windows, produziram textos de diferentes tipos, criaram protótipos em robótica e desenvolveram projetos gráficos. Hoje, encontro esses meninos em cursos de ciência da computação, mecatrônica, engenharia e outras áreas. Na Escola Parque, que atendia meninos de rua em Brasília, a informática refletiu na formação da garotada, melhorando sua auto-estima e evidenciando o desempenho de pessoas socialmente integradas. Alguns desses garotos foram contratados como professores e outros como técnicos.

Os alunos da rede pública têm o mesmo desempenho no uso da informática que os de escolas particulares e bem equipadas?
Sim. A tese de doutorado que defendi em 1986 me permitiu comprovar o funcionamento dos mecanismos cognitivos durante a construção de conhecimentos. Nos anos 1990 iniciei as experiências de conexão e confirmei uma das minhas hipóteses: as crianças pobres consideradas de pouca inteligência pelas escolas, quando se conectam e se comunicam no ciberespaço, apresentam as mesmas possibilidades de desenvolvimento que os alunos bem atendidos e saudáveis.

A educação brasileira pode vencer a exclusão digital?
Há excelentes condições para que isso aconteça. No Brasil já temos mais de 20 anos de estudos e experiências sobre a introdução de novas tecnologias digitais na escola pública. Esses dados estão disponíveis. O Ministério da Educação vem criando projetos nacionais com apoio da maioria dos estados, como o Programa Nacional de Informática Educativa (Proninfe) e o Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo). Muitas organizações sociais e comunitárias também colaboram nesse processo.

O que mais emperra o uso sistemático da informática nas escolas públicas?
A falta de continuidade dos programas existentes nas sucessivas administrações. Não se pode esperar que educadores e gestores tomem a iniciativa se o estado e a administração da educação não garantem a infra-estrutura nem sustentam técnica, financeira e politicamente o processo de inovação tecnológica.

Como o computador pode contribuir para a melhoria da educação?
Inclusão digital não é só o amplo acesso à tecnologia, mas a apropriação dela na resolução de problemas. Veja a questão dos baixos índices de alfabetização e de letramento, por exemplo. Uma solução para melhorá-los seria levar os alunos a sentir o poder de se comunicar rapidamente em grandes distâncias, ter idéias, expressá-las como autores e publicar seus escritos no mundo virtual.

Nossas escolas estão preparadas para utilizar plenamente os recursos computacionais?
A escola formal tem privilegiado essa concepção: é preciso preparar a pessoa para que ela aprenda. Mas o ser humano está sempre se desenvolvendo. Assim, as instituições também estão constantemente em processo. Por isso, a escola não precisa se preparar. Ela começa a praticar a inclusão digital quando incorpora em sua prática a idéia de que se educa aprendendo, quando usa os recursos tecnológicos experimentando, praticando a comunicação cooperativa, conectando-se. Mas algumas coisas ainda são necessárias. Conseguir alguns computadores é só o começo. Depois é preciso conectá-los à internet e desencadear um movimento interno de buscas e outro, externo, de trocas. Cabe ao professor, no entanto, acreditar que se aprende fazendo e sair da passividade da espera por cursos e por iniciativas da hierarquia administrativa.

Existe um padrão ideal de escola que usa a tecnologia em favor da aprendizagem?
Não é conveniente buscar padrões. Como sugeria Einstein, quando se trata de construir conhecimento é mais produtivo infringir as regras. O primeiro passo é reestruturar o espaço e o tempo escolares. Devemos dar condições para que os estudantes de idades e vivências diferentes se agrupem livremente, em lugares próximos ou distantes, mas com interesses e desejos semelhantes. Eles vão escolher o que desejam estudar. Essa liberdade definirá suas responsabilidades pelas próprias escolhas. Os professores orientarão o planejamento de forma interdisciplinar. Isso tudo é possível com o registro em ambiente magnético, que é de fácil consulta. Toda a produção pode ser publicada na internet, intercambiada e avaliada simultaneamente por professores de diferentes áreas.

Qual é sua avaliação sobre a proliferação de centros de educação a distância?
Nestes tempos de transição vamos conviver com projetos honestos e desonestos, alguns bem orientados e outros totalmente equivocados. O pior dos males é a voracidade do mercado explorador da educação a distância. Espero que a própria mídia tecnológica dissemine informações para o público interessado ter condições de analisar esses centros. É importante discriminar os cursos consistentes dos que "vendem ensino", ou seja, que reproduzem o ensino da transmissão, fora de contexto, em que o aluno memoriza sem compreender.

Fonte: Revista Nova Escola 2008

Informática + Língua Portuguesa

O uso de recursos da informática nas aulas de Língua Portuguesa

Ferramentas digitais ajudam na edição e revisão de textos

Amanda Polato



O texto - aquela composição escrita ou falada, que nasceu juntamente com a invenção da linguagem - segue sendo o mesmo. Nossa relação com ele, não. Em suas pesquisas, o historiador da leitura Roger Chartier afirma que o suporte material (papel, áudio, vídeo ou formato digital) exerce influência na relação que estabelecemos com o texto. Nesse sentido, blogs, fotologs e podcasts são novos gêneros, com características próprias. É possível, por exemplo, relacionar links para que o leitor tenha a liberdade de seguir diferentes caminhos - é o chamado hipertexto. Cada vez mais, a turma vai precisar conhecer esses aspectos. A boa notícia é que trabalhos recentes como o do professor Jorge Luiz Marques de Moraes, um dos ganhadores do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10 em 2008 (leia a reportagem na página 64), mostram que dá, sim, para conjugar o aprendizado de novos gêneros (no caso dele, o podcast) com conteúdos tradicionais (a comunicação oral).

Além de gerar novas demandas, as ferramentas digitais modificam procedimentos consagrados na disciplina. O exemplo mais significativo diz respeito à edição e revisão de textos. Em processadores como o Word, a verificação ortográfica é muito facilitada. "O professor pode deixar o corretor ortográfico ligado para que os estudantes tentem resolver, com autonomia, alguns dos erros - o que não o isenta de seguir ensinando ortografia", aponta Cláudio Bazzoni, assessor da prefeitura de São Paulo e selecionador do Prêmio. Em termos de organização textual, a vantagem é poder mudar de lugar, ampliar, cortar e eliminar frases e parágrafos, experimentando novas soluções para a composição sem precisar escrever tudo de novo a cada nova versão.

A informática também pode ajudar no trabalho com gêneros textuais. Na Escola da Vila, na capital paulista, a professora Andressa Mille Fernandes propôs à turma do 4º ano a construção de um informativo sobre o ciclo da água, um conteúdo que já havia sido tratado nas aulas de Ciências. Depois de planejar o texto, decidir o destinatário, selecionar as informações e escrever, as crianças foram para o computador fazer títulos e quadros e escolher fontes e cores. Assim, tanto a forma como o conteúdo da produção se aproximaram ainda mais dos exemplos de jornais, aprofundando a caracterização do gênero estudado.

Língua Portuguesa

Tecnologias
- Ferramentas de publicação
- Processadores de texto
- Sites de áudio e vídeo

Conteúdos
- Comunicação oral
- Produção de textos
- Análise e reflexão sobre a língua

Oportunidades de ensino
- Criar blogs
- Produzir podcasts
- Realizar e publicar vídeos
- Revisar e editar textos no computador

Vídeo sobre ações portuguesas no uso de tecnologia na escola.

Veja abaixo um vídeo a respeito de projeto de tecnologia para escolas em Portugal. Um exemplo de como computadores e os avanços do homem podem modificar a aprendizagem escolar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Comentário sobre o texto: "INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL: ANÁLISE E CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA" VALENTE, JOSÉ AMANDO

O computador utilizado como máquina de ensino é de grande utilidade para professores e alunos. Históricamente nos anos 50 no Estados Unidos foram feitas as primeiras experiencias para esse fim. A informática hoje está presente nas salas de aula para auxiliar no processo de aprendizagem dos alunos cabe ao professor determinar as práticas e alternar atividades com o computador e exercicios tradicionais. O educador deve ter uma formação que possa auxiliar a utilizar o computador e seus recursos integrando-o aos alunos nas aulas.

Comentário sobre o texto: "Ambientes de aprendizagem: reengenharia da sala de aula" GUIMARÃES, ANGELO de MOURA E DIAS ,REINILDES


Com o desenvolvimento das novas tecnologias de informação novas formas de convivencia são criadas, modificando antigas formas de interação entre as pessoas e também sua relação com o mundo. Dessa forma educadores devem oferecer um ensino diferenciado em que o foco seja formar alunos criticos e com pensamento sistemático. Para isso torna-se necessário intervir no espaço da sala de aula, colocando o aluno como centro do processo de aprendizagem fazendo com que ele tenha interesse em aprender, que ele pense de forma critica, fazendo relações e interconexões. O aluno não pode mais ser passivo e aceitar que o professor passe a informação e ele apenas decora e reproduz como no ensino tradicional. Nas salas de aula atuais as novas tecnologias de informação e comunicação trazem diversidade no aprendizado e motivam os alunos ao mesmo tempo que discutem com ele o que é estudado.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Comentário sobre o texto : POR QUE UM NOVO OLHAR PARA O ALUNO PETITTO,SÔNIA .

Por que um novo olhar para o aluno?
O ensino na atualidade deve se além de instrumentos tradicional com quadro , giz , caderno , livro e etc. Com as novas tecnologias de informação e comunicação é possível se comunicar com o mundo sem sair do lugar , seja na escola ou em qualquer lugar.
O aluno tem que ser orientado pelo professor na busca de informações adquirindo habilidades de instrumentos como o computador que o auxiliam nos estudos. A informática favoreceu o ensino e a aprendizagem está com mais autonomia e o professor auxilia e facilita identificando as competências adquiridas pelo aluno em cada estagio cognitivo.
Destouzos,Papert e Valente.
Buscou explicar a relação entre o homem e a tecnologia.
Defender fala que o mercado de informação era mudar o papel das escolas e professores , o aprendizado a distancia fará mais sentido .
Papert preocupa-se com a integração entre computador , alunos e professores , mas para isso seria necessário que os professores aprendessem a utilizar o computador , e muitos não concordavam em estender sua formação para aprender a utilizar a maquina devidamente .
Valente é disciplinado de Papert e defensor da lógica que para ele é um ambiente de construção e do conhecimento e também a busca de levar o computador para a escola atravez do projeto como proinfo .